segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SATISFAÇÃO

De acordo com Locke (1976 apud MARTINS, 1984) satisfação é um estado emocional agradável ou positivo, que resulta de algum trabalho ou de experiências no trabalho. Definição que tem, ainda hoje, o impacto mais importante para o conceito.
Quanto mais satisfeitas as pessoas estão com aspectos da vida extra-trabalho, tanto mais satisfeitas elas tendem estar com o seu trabalho. Por exemplo, quanto maior a importância atribuída ao trabalho na vida do indivíduo, maior é a probabilidade de que a satisfação com o trabalho esteja associada a satisfação com a vida geral.
Note-se que Martins (1984), baseada na definição de Locke, afirmava que o homem usa de sua bagagem individual de crenças e valores para avaliar seu trabalho e essa avaliação resulta num estado emocional que, se for agradável, produz satisfação, e, se for desagradável, leva à insatisfação. Portanto, satisfação no trabalho é uma variável de natureza afetiva e se constitui num processo mental de avaliação das experiências no trabalho que resulta num estado agradável ou desagradável.
Ainda, Segundo Martins (1984), poucos autores preocuparam-se em definir satisfação no trabalho como conceito integrado que reúna na mesma definição os mais variados aspectos relacionados na literatura ao conceito de satisfação no trabalho.
Conforme salientado por Perkins-Reed (1990) estejamos ou não num momento de transição profissional, todos desejamos do trabalho algo mais do que temos conseguido. Sempre há mais a aprender, se descobrir uma maneira de aprender continuamente com seu trabalho, você experimentará menos tédio.
Revendo os estudos da área, pode-se perceber que a satisfação no trabalho tem sido definida quanto a seus aspectos causais mais relevantes e ao modo como eles podem ser combinados.
Devemos superar o medo e outras crenças improdutivas para expandir a visão pessoal ao nível mais alto possível, realizando o nosso potencial máximo no trabalho e na vida.
De acordo com Martins (1984) a satisfação no trabalho era uma atitude relativa à filosofia do trabalhador acerca da cooperação com a gerência de sua visão de seus próprios interesses.
Uma antiga classificação dos estudiosos de satisfação no trabalho dividia as teorias sobre satisfação em dois grupos (MARTINS, 1984). O primeiro deles reunia as explicações teóricas relacionadas às causas da satisfação; buscava especificar as variáveis relevantes e o modo como elas eram combinadas para determinar satisfação. Para maior parte das pessoas, o trabalho também preenche uma necessidade de interação social. Portanto não surpreende que ter colegas amigáveis e que dêem suporte leve a um aumento da satisfação. O segundo, que reunia as teorias relativas ao conteúdo, tentava identificar necessidades ou valores específicos que compunham a satisfação.
Todavia, essa classificação incluía como teorias de satisfação no trabalho várias criadas para explicar a motivação humana e não a satisfação no trabalho.
Segundo Locke (1976 apud MARTINS, 1984) a satisfação no trabalho existe na medida em que os resultados do trabalho são equivalentes aos resultados desejados pelo indivíduo.
Quanto mais os resultados obtidos são valorizados, mais os indivíduos estão satisfeitos.
Quanto menos valorizados são os resultados, menor é a satisfação dos indivíduos, como exemplo as recompensas que são recebidas pelo indivíduo.

MARTINS, M. C. F Satisfação no trabalho: elaboração de instrumento e variáveis que afetam a
satisfação (Dissertação de Mestrado). Brasília: Universidade de Brasília - Instituto de
Psicologia,1984.
PERKINS-REED, M. A. Guia para satisfação no trabalho. Trad. de Ieda Moriya. São Paulo: Best
Seller, 1990.

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